1 de julho de 2011

Brasil Econômico - Ainda podemos avançar no Turismo, por Jeanine Pires

Boa leitura! Artigo que saiu hoje no Jornal Brasil Econômico!  

Artigo: Ainda podemos avançar no turismo, por Jeanine Pires

Este ano, seremos mais de 1 bilhão de pessoas viajando pelo mundo. Segundo dados da Organização Mundial de Turismo (OMT), durante o ano passado cerca de 935 milhões de pessoas fizeram viagens internacionais, alta de 7%, e nos primeiros meses desse ano já se constata uma média mundial de crescimento de 5%. Para a América do Sul, o crescimento médio para o início de 2011 é de 15%, o mesmo do Brasil.
As receitas geradas nos países com o gastos desse visitantes cresceram 5% em 2010, chegando a US$ 919 bilhões. No Brasil, as divisas cresceram 11,6%, chegando perto dos US$ 6 bilhões.
O turismo é o 5º item da pauta de exportações brasileiras, uma atividade econômica geradora de divisas, empregos e investimentos.
Segundo o World Travel & Tourism Council, em termos absolutos, o Brasil é a 6ª economia do turismo entre 181 países, levando-se em consideração sua contribuição para o PIB, os empregos diretos e indiretos, os gastos dos estrangeiros e os investimentos públicos e privados.
Também estamos entre os 10 países no mundo que mais realizam eventos associativos segundo a International Congress & Convention Association.
E ainda, segundo o World Economic Forum, somos o país mais competitivo em recursos naturais para o turismo.
Mas já são muitos números e, não queremos cansar o leitor somente com dados. Nossa intenção é insistir na importância econômica que o setor de viagens e turismo tem para o desenvolvimento do país. Mostrar sua capacidade de envolver comunidades receptoras na geração de riquezas e na preservação do ambiente natural e cultural. E queremos ir além.
É pouco para o Brasil realizar uma Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos com profissionalismo e transparência. É pouco entregar o que prometemos e fazer desses eventos um sucesso. Trouxemos mega eventos para o Brasil por sua capacidade de transformação, envolvimento nos valores do esporte e da amizade; sabemos os efeitos que esses acontecimentos trouxeram para outros países.
Teremos os dois maiores eventos do planeta num espaço de dois anos.
Os impactos que esses eventos terão nas melhorias de infraestrutura e serviços turísticos devem ser somente o ponto de partida para algo maior e à altura daquilo que a economia do turismo pode trazer de resultados para o país durante e depois de 2014 e 2016.
Aproveitar esses eventos para aumentar a competitividade do Brasil no cenário global tão concorrido. Maximizar os efeitos da cobertura da imprensa mundial para mostrar mais do Brasil ao mundo. Deixar visitantes, atletas, jornalistas e o planeta absolutamente encantados com nosso país. Essa é a grandeza de nossa missão. Fazer do poder transformador do esporte uma ferramenta de educação, de inclusão de jovens e de transformação da sociedade.
Mostrar aos brasileiros que eles podem acreditar em si mesmos.
Empresários e lideranças de turismo devem estar mais do que atentos a novas oportunidades de negócios, contribuir com responsabilidade para a realização dos eventos esportivos e maximizar seus resultados para a indústria de viagens e turismo. Devemos trabalhar de forma obsessiva para que, ao olharmos pra trás em 2020, possamos dizer: aproveitamos muito bem as oportunidades que nosso país teve.
Jeanine Pires é presidente do Conselho de Turismo e Negócios da  Fecomercio
Artigo publicado no jornal Brasil Econômico – pag. 37 – 01/07/2011

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