14 de dezembro de 2011

Feiras de Turismo: ir ou não ir ?


Uma decisão importante para empresas e órgãos de turismo: ir às feiras de turismo.
A resposta pode estar em outras perguntas. Quais os objetivos em participar de uma feira? Que tipo de público estará presente? Qual o custo benefício ? O que o evento oferece como diferencial ?
Essa reflexão é importante no cenário de grandes mudanças dos fluxos turísticos mundiais e, sobretudo quando as ferramentas de promoção e comunicação encontram outros meios de relacionamento com agentes de viagens, clientes e imprensa. Também para quem organiza tais eventos, temas como renovação, inovação, tecnologia são importantes para reter expositores e atrair clientes. Talvez a certeza é que nossa indústria não quer mais do mesmo.
A Atout France, agência  turística oficial da França anunciou que em 2012 não irá mais participar da FITUR em Madri nem da BIT em Milão. Suas razões são explicadas pelo diretor Christian Mantei, argumentando que os custos de participação aumentam, o público presente diminuiu e que o perfil do evento já não atende mais às necessidades dos empresários do setor. De acordo com ele, outras formas de comercialização trazem retorno mais eficaz. A agência continua  a participar de outras feiras como a WTM de Londres e a ITB de Berlim.
Todos de olho no retorno de seus investimentos e no diferencial que as feiras de turismo estão oferecendo a seus expositores e compradores. 
De qualquer forma, para um país, estar ausente de alguns eventos pode ser ruim para sua rede de relacionamentos, para empresas ou órgãos de turismo estaduais e municipais vale uma análise mais detalhada.
Minha experiência durante 8 anos de organização e participação nas feiras em diversos países, também leva refletir sobre os pontos mencionados acima, tais como:
- ter muito claro os objetivos e forma de participação;
- analisar  o custo-benefício dessa e outras ferramentas de comunicação e relacionamento;
- organizar uma agenda prévia para otimizar contatos e focar nos objetivos traçados;
- agrupar e executar diversas ferramentas como reuniões, agenda de imprensa, participação em seminários, dentre outras;
- e muito importante: manter a rede de relacionamentos durante todo o ano e, não somente no momento da feira.

1 comentários:

Pablo Fuentes disse...

À primeira vista dá pena e até certo arrepio ao ver importantes clientes se ausentando cada vez mais de feiras tradicionais. Mas uma coisa é certa: os organizadores de feiras e eventos terão que se adaptar às novas tendencias e realidades que se impõem no setor.

Será que caminhamos no sentido de mais eventos e feiras virtuais? Pois, como se coloca no artigo, está se falando cada vez mais em "custo benefício", "renovação" "inovação tecnológica" e no fato de que a nossa indústria não estaria querendo "mais do mesmo".

Creio que se quisermos compreender melhor o caminho que percorreremos nos próximos anos no setor de feiras e eventos, teremos que meditar, debater, acompanhar, estudar e nos aprofundar cada vez mais nas novas exigências e tendências, inclusive a opção de novos ambientes de interação virtual no setor de feiras e eventos.

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